Vinho

História

Até há 25 anos atrás, não havia consciência da importância varietal na qualidade do vinho e na vida profissional do viticultor, ainda que existissem, desde o século XVIII, descrições abundantes das castas de referência actualmente em vigor. O vinho era produzido em caves e o enólogo escolhia os lotes de vinhos com vista à produção de um vinho de qualidade. Com a plantação de parcelas monovarietais e com a modernização do sistema de microvinificação repensou‑se a visão enológica. As técnicas de cultura como a condução, a fertilização e a rega geraram um pensamento mais integral do “círculo da vinha ao vinho“ e também do enólogo português, agora mais direccionado para a adaptação das castas ao seu terroir. As adegas foram transformadas em espaços de armazenamento com garantia de higienização, protegidos da oxidação e ainda com condições para o controlo da temperatura da fermentação. Ocorreram ainda várias inovações no sector, introduzidas sobretudo pelo sector privado, embora com colaborações dos institutos de investigação e ensino. Rapidamente a indústrica enológica se aproximou do vinho produzido internacionalmente, mas mantendo sempre uma característica individualista, com castas autóctones distintas e originárias de um  pólo genético desde os glaciares (consultar o artigo acima de Ocete Rubio). Para saber mais sobre a individualidade do pólo genético da Península Ibérica, salienta‑se o artigo de Miguel Zapater (Análise SNP para identificar os Cloro‑tipos específicos das castas ibéricas).

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