Interacção Enólogo/Viticultor

A PLANSEL desde o início seguiu o princípio de “não comparar ramerrão com ramerrão” (economista alemã Eugen Schmalenbach) e por isso foram sempre organizados simpósios, seminários e workshops com os restantes representantes dos países com técnicas e economias avançadas. O desafio de apresentar inovação e eficiência sem olhar para a tradição fez com que existisse uma política conflituosa por parte da PLANSEL. A luta da integração com todos os envolvidos no sector, nomeadamente administração pública, enólogo, viticultor, viveirista e comerciante em vez da defesa das técnicas de todos os produtores não foi fácil e nem sempre possível.

Pela introdução das castas do Norte e condução da vinha alta com rega e enrelvamento entre linhas, a PLANSEL atingiu tabus tradicionais e vários preconceitos. No entanto, esta política acabou por ser produtiva e a favor do progresso comercial. Com a persistência de defender, mesmo em situações conflituosas, as novas técnicas culturais, enológicas e comerciais, a PLANSEL contribuiu para a mudança do paradigma vitivinícola. Numa década mudaram‑se os vinhos de Portugal significativamente. Mesmo fora do país, os vinhos portugueses ganharam prémios internacionais e destacaram‑se no comércio e na comunicação social estrangeira.

^