Península de Setúbal

Região vitivinícola: PENÍNSULA DE SETÚBAL

Foram os Fenícios e os Gregos que trouxeram do Próximo Oriente castas para esta região. Achando o clima ameno e as encostas da Arrábida e a zona ribeirinha do Tejo propícias ao cultivo da vinha, lançaram‑se no seu plantio. Mais tarde, os Romanos e os Árabes deram grande incremento à cultura da vinha nesta península”. Com a fundação do reino de Portugal, começou a exportação de vinho. Existem alvarás reais do final do período medieval, comprovando o interesse do rei neste vinho. O vinho de Azóia (porto perto de Setúbal) foi marca muito reconhecida no mercado inglês. A casta fenícia Moscatel de Kelibia /Alexandria ganhou importância com a marca Moscatel de Setúbal, a nível mundial. A primeira grande marca de vinho com distribuição global, o Lancers, tem origem nesta região.

Situada no litoral oeste, a sul de Lisboa, esta região vitivinícola tem um terroir específico para a produção do famoso e tão apreciado vinho licoroso. “Esta região pode dividir‑se em duas zonas orográficas completamente distintas: uma a sul e sudoeste, montanhosa, formada pelas serras da Arrábida, Rosca e S. Luís, e pelos montes de Palmela, S. Francisco e Azeitão, estes recortados por vales e colinas, com altitudes entre os 100 e os 500 m. A outra, pelo contrário, é plana, prolongando‑se em extensa planície junto ao rio Sado. O clima é misto, subtropical e mediterrânico. Influenciado pela proximidade do mar, pelas bacias hidrográficas do Tejo e do Sado e pelas serras e montes da região, tem fracas amplitudes térmicas e um índice pluviométrico entre os 400 a 500 mm”. Os solos são podsol‑graníticos, argilo‑arenosos ou franco‑argilo‑arenosos, calcários com ligeira alcalinidade, na maioria muito fundos e de fraca capacidade de retenção de água, alguns deles compactos e férteis.

A área delimitada abrange no total uma superfície de 9.210 ha de vinha, admitindo‑se que, dessa área, cerca de 2075 hectares estão afectos à produção de vinhos com Denominação de Origem. Uma grande parte dos vinhos é exportada. Existem grandes empresas vitivinícolas na região utilizando tecnologias avançadas de transformação, da uva ao vinho. O Vinho Regional “Península de Setúbal” produz‑se em todo o distrito de Setúbal. Já no que respeita aos vinhos com DO, temos duas regiões distintas: Setúbal, para a produção do vinho generoso, e Palmela, onde se produzem vinhos brancos, tintos e rosados, vinhos frisantes e espumantes rosados e vinhos licorosos.

A Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal, com a sigla CVRPS foi oficialmente designada como entidade certificadora para exercer funções de controlo da produção e comércio e de certificação dos produtos vitivinícolas com direito às denominações de origem (DO) Palmela e Setúbal e à indicação geográfica (IG) Península de Setúbal.

 

Tipos de produtos vitivinícolas

Vinho IG ou regional Península de Setúbal: Branco, Tinto, Rosado, Frisante, Vinho Base de Espumante, Licoroso.

Vinhos DO Setúbal: Vinho Licoroso Branco, Tinto.

Vinhos DO Palmela: Branco, Tinto, Rosado, Frisante, Vinho Base de Espumante, Licoroso.

 

Referências importantes na região:

Informações técnicas: COMISSÃO VITIVINÍCOLA REGIONAL DA PENÍNSULA DE SETÚBAL; Rua Padre Manuel Caetano n.º 26; Tel. 212337100, Site www.cvr‑psetubal.com.

Informações culturais do vinho da região: Confraria do Moscatel de Setúbal, Rua Padre Manuel Caetano n.º 26 2950‑253 Palmela, Confraria dos Amigos da Bacalhoa Vinhos Portugal, Site: www.bacalhoa.com; Confraria do Periquita, Site: www.JMF.pt.

Entidade certificadora: COMISSÃO VITIVINÍCOLA REGIONAL DA PENÍNSULA DE SETÚBAL, Rua Padre Manuel Caetano, 26; 2950‑253 PALMELA – Tel.: 212 337 100, Fax: 212 337 108. Site: www.cvr‑psetubal.com, E‑mail: geral@cvr‑psetubal.com.

Informações enoturismo: Rota dos vinhos da Península de Setúbal, Costa Azul; Casa Mãe da Rota dos Vinhos, Largo de São João, 2950‑000 Palmela, Tel. 212334990; Site: www.rotavinhospsetubal.com.

Informação sobre os produtores‑engarrafadores de vinho da região Lisboa: http://www.ivv.min‑agricultura.pt/np4/1736.html, → anuário 2011 (p.225‑226).

 

Designações: IGP “Península de Setúbal”; Vinho regional

Castas abaixo (todas)

DOP “Palmela”; DO “Setúbal” VQPRD e VLQPRD

Castas DOP em negrito

Vinhos Tintos: Alfrocheiro, Alicante‑Bouschet, Alvarelhão, Alvarelhão‑Ceitão, Amaral, Amor‑Não‑Me‑Deixes, Amostrinha, Aragonez (Tinta‑Roriz), Aramon, Arjunção, Baga, Barca, Barreto, Bastardo, Bastardo‑Tinto, Bonvedro, Borraçal, Bragão, Branjo, Cabernet‑Franc, Cabernet‑Sauvignon, Caladoc, Calrão, Camarate, Carignan, Carrega‑Burros, Carrega‑Tinto, Casculho, Castelã, Castelão (Periquita), Castelino, Casteloa, Cidadelhe, Cidreiro, Cinsaut, Concieira, Coração‑de‑Galo, Cornifesto, Corropio, Corvo, Doçal, Doce, Donzelinho‑Tinto, Engomada, Esgana‑Cão‑Tinto, Espadeiro, Espadeiro‑Mole, Farinheira, Ferral, Galego, Gamay, Gonçalo‑Pires, Gorda, Gouveio‑Preto, Graciosa, Grand‑Noir, Grangeal, Grenache, Grossa, Jaen, Labrusco, Lourela, Malandra, Malvarisco, Malvasia‑Preta, Manteúdo‑Preto, Mário‑Feld, Marufo, Melhorio, Melra, Merlot, Molar, Mondet, Monvedro, Moreto, Moscatel‑Galego‑Tinto, Mourisco, Mourisco‑de‑Semente, Mourisco‑de‑Trevões, Negra‑Mole, Nevoeira, Padeiro, Parreira‑Matias, Patorra, Pau‑Ferro, Pedral, Pêro‑Pinhão, Petit‑Bouschet, Petit‑Verdot, Pexem, Pical, Pilongo, Pinot‑Noir, Português‑Azul, Preto‑Cardana, Preto‑Martinho, Rabo‑de‑Anho, Rabo‑de‑Lobo, Rabo‑de‑Ovelha‑Tinto, Ramisco, Ramisco‑Tinto, Ricoca, Rodo, Roseira, Rufete, Saborinho, Santareno, São‑Saul, Sevilhão, Sousão, Syrah, Tannat, Teinturier, Tinta, Tinta‑Aguiar, Tinta‑Aurélio, Tinta‑Barroca, Tinta‑Bastardinha, Tinta‑Caiada, Tinta‑Carvalha, Tinta‑Fontes, Tinta‑Francisca, Tinta‑Lameira, Tinta‑Lisboa, Tinta‑Martins, Tinta‑Mesquita, Tinta‑Miúda, Tinta‑Negra, Tinta‑Penajoia, TintaPereira, Tinta‑Pomar, Tinta‑Porto‑Santo, Tinta‑Tabuaço, Tintinha, Tinto‑Cão, Tinto‑Sem‑Nome, Touriga‑Fêmea, Touriga‑Franca, Touriga‑Nacional, Transâncora, Trincadeira (Tinta‑Amarela), Valdosa, Varejoa, Verdelho‑Tinto, Verdial‑Tinto, Vinhão, Xara, Zé‑do‑Telheiro, Zinfandel, (Moscatel‑Galego‑Roxo (R)).

VINHOS BRANCOS: Alicante‑Branco, Almafra, Almenhaca, Alvadurão, Alvar, Alvarelhão‑Branco, Alvarinho, Antão Vaz, Arinto (Pedernã), Arinto‑do‑Interior, Arns‑Burguer, Avesso, Azal, Babosa, Barcelo, Bastardo‑Branco, Batoca, Beba, Bical, Boal‑Barreiro, Boal‑Branco, Boal‑Espinho, Branco‑Desconhecido, Branco‑Especial, Branco‑Gouvães, Branco‑Guimarães, Branco‑João, Branda, Budelho, Cainho, Caracol, Caramela, Carão‑de‑Moça, Carrasquenho, Carrega‑Branco, Cascal, Castelão‑Branco, Castelo‑Branco, Cerceal‑Branco, Cercial, Chardonnay, Chasselas, Chasselas‑Sabor, Chasselas‑Salsa, Chenin, Côdega‑de‑Larinho, Colombard, Cornichon, Corval, Crato‑Espanhol, Dedo‑de‑Dama, Diagalves, Dona Branca, Dona‑Joaquina, Donzelinho‑Branco, Dorinto, Encruzado, Esganinho, Esganoso, Estreito‑Macio, Fernão‑Pires (Maria Gomes), Folgasão, Folha‑de‑Figueira, Fonte‑Cal, Galego‑Dourado, Gigante, Godelho, Gouveio, Gouveio‑Estimado, Gouveio‑Real, Granho, Jacquère, Jampal, Lameiro, Larião, Leira, Lilás, Loureiro, Luzidio, Malvasia, Malvasia Bianca, Malvasia‑Branca, Malvasia‑Branca‑de‑São‑Jorge, Malvasia‑Cândida, Malvasia‑Fina, Malvasia‑Parda, Malvasia‑Rei, Malvasia‑Romana, Manteúdo, Molinha, Moscadet, Moscatel‑Galego‑Branco, Moscatel‑Graúdo, Moscatel‑Nunes, Mourisco‑Branco, Muller Thurgau, Pé‑Comprido, Perigo, Perrum, Pinheira‑Branca, Pinot‑Blanc, Pintosa, Praça, Promissão, Rabigato, Rabigato‑Franco, Rabigato‑Moreno, Rabo‑de‑Ovelha, Ratinho, Riesling, Roupeiro‑Branco, Sabro, Samarrinho, Santoal, São‑Mamede, Sarigo, Sauvignon, Semilão, Semillon, Sercial (Esgana‑Cão), Síria (Roupeiro), Tália, Tamarez, Terrantez, Terrantez‑da‑Terceira, Terrantez‑do‑Pico, Touriga‑Branca, Trajadura, Trincadeira‑Branca, Trincadeira‑das‑Pratas, Uva‑Cão, Uva‑Cavaco, Uva‑Salsa, Valente, Valveirinho, Vencedor, Verdelho, Verdial‑Branco, Viognier, Viosinho e Vital.

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